13/08/2010

A História #3

Ao fim de estarmos alguns meses sem nos falarmos (para aí um ou dois, que mais pareceram uma eternidade), tomei coragem e dei o meu braço a torcer. Mandei-lhe uma sms a dizer que sentia a falta dele e que naquele verão me sentia muito sozinha e abandonada por todos os meus amigos.

Ele respondeu-me, talvez um pouco vitorioso pois dei-lhe para trás, disse que não queria nada com ele e ali estava eu naquele momento a dizer "por favor volta".

A partir daqui nunca mais nos largámos. Aos poucos admiti que gostava dele e em Outubro o rapaz pede-me em namoro. Respondi-lhe de uma forma que ele no mínimo achou estranha e a qual não entendeu à primeira. Mas foi tão engraçado: estavámos nós numa das nossas voltas quando ele pára o carro numa rua em T., em frente a umas garagens e pergunta-me se gosto dele. Eu disse que sim, aliás que pensava que ele já tivesse entendido que sim... e ele perguntou-me "queres namorar comigo?" e eu dei-lhe um beijo, um senhor beijo... ele responde-me "isso quer dizer o quê?" e eu "o que é que tu achas?"

E foi assim que iniciámos uma grande viagem.... uma grande dor de cabeça...

Meti na minha cabeça que os meus pais deveriam de saber, uma vez que eu queria ter um mínimo de liberdade para estar com ele. Foi difícil ganhar a coragem e irmos falar com eles. O J. não era muito bem visto, tinha ganho uma má fama devido a uma moça que esteve com ele e devido à própria vida que levava. Não que fosse mau rapaz, mas era um pouco encostado. Chorei tanto nesse dia, sofri tanto.... mas decidi criar forças e fui em frente. A minha irmã também deu uma força, aliás, ela fez muito por mim a vida toda. Ajudou que a minha mãe nos aceitasse minimamente com a afirmação "é uma experiência que ela vai ter".

E os dias passaram. Todos os dias a minha mãe fazia uma fita porque eu devia de acabar com ele, que ele não era homem para mim,... ou seja tudo o que ela podia ir buscar de negativo ela ia... e "massacrava-me" um pouco com tudo isso. Mas nós aguentámos-nos.

Fizemos o 1º mês, fizemos os 6... Eu comecei a trabalhar na mesma altura em que fizemos os 6 meses de namoro. Ele mudou de trabalho a pouco tempo de fazermos um ano. Voltei a estudar para acabar o secundário um mês antes de fazermos um ano... quando fizemos um ano de namoro arranjámos umas alianças e aí não houve volta a dar.

Os meus pais mudaram um pouco de atitude quando o J. mudou de trabalho. Lutei muito para que ele fosse aceite como meu namorado... e foi...

Passámos por altos e baixos, obviamente que sim. Nenhuma relação é fácil, temos todos os nossos feitios.

Crescemos os dois individualmente e como casal e assim cresceram também os sonhos.....

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