Senti-me a pior mãe do mundo

Ontem foi um dia daqueles!
Cheguei a casa com uma dor de cabaça daquelas, em que mais parecia que tinha uma melancia do que uma cabeça!
O Afonso, por a minha mãe estar de férias, tem estado no infantário até mais tarde.
Além de querer muita atenção, talvez ao dobro, estava num dia de birras....
Foi um filme para comer e eu perdi a paciência.... mas perdi mesmo... ralhei, chamei-o à atenção e dei-lhe uma palmada por me dar palmadas na minha mão para não ir com a colher até à boca dele...
Foi pior o emenda que o soneto... para não ser pior, pedi ao J. para lhe acabar de dar de comer... claro que o que ele lhe conseguiu dar (mais do que eu sem dúvida) não foi o suficiente para o manter.
Tenho como entendimento que se eles não querem comer agora, comem depois... ainda petiscou um bocadinho de pão e batatas fritas (a gulodisse sabe sempre melhor certo?) e mais não quis...
Mas passou o resto da noite a fugir de mim, a chorar baba e ranho quando eu lhe pegava... só queria o pai...
Senti-me a pior mãe do mundo.
Preocupa-me que ele não queira comer, preocupa-me que ele não queira comer como deve ser, preocupa-me estas birras constantes em que quando vê a colher parece que lhe estamos a bater. Há dias em que parece a guerra lá em casa. Nestes momentos penso que não fui talhada para ser mãe. Que não deveria de ter feito a vontade à vontade de ser mãe. E aqui, sinto-me ainda pior.
Julgo que não sou suficiente. Que não presto. Que nunca vou ser aquilo que ele precisa.
O pior... é este sentimento que continua a perseguir-me hoje...
Tenho medo do logo, do chegar a casa e ele continuar sentido comigo...
Sou a pior mãe!